sábado, 16 de maio de 2009

Primeiras Experiências

Benvindo! Aqui começa um blog de um, ainda um tanto frustrado, interessado em bebidas fermentadas e outras coisas do gênero. Quando digo "um tanto frustrado" me refiro a uma tentativa mal sucedida de fazer cerveja em casa.
Tudo começou com uma conversa com um irmão, também admirador de uma boa cerveja e que também gosta de experimentos, que resultou na tal vontade de produzir uma cerveja em casa e com o tempo aprimorar a técnica e quem sabe algum dia conseguir produzir algo e servir aos amigos sem correr o risco de perdê-los.
Após essa primeira conversa decidimos seguir a receita de um antigo livro bem comercial sobre o assunto, cujo nome não me lembro.
Por ser antigo o livro ainda nos direcionava a maltear a cevada como primeiro passo. Maltear a cevada é fazer com que o amido do grão fique disponível em forma de açucar para que o fermento possa consumi-lo com maior eficiência. Foi este o ponto onde paramos e esta é a explicação de nossa frustração.
Depois de percorrer ruas e ruas atrás dos ingredientes e dos equipamentos necessários para uma pequena produção experimental, de descobrir o quão difícil é encontrar lúpulo sem indicação e perceber a risadinha camuflada de todo mundo que sacava que tentaríamos produzir cerveja, fosse pela procura pelos clássicos ingredientes ou pelas caras de sedentos dos dois aspirantes a cervejeiro, acabamos encontrando um problema que realmente nos desestimulou a continuar: o bolor.
O processo de malteação da cevada consiste em manter os grãos úmidos e aquecidos até que eles comecem a brotar. Sem experiência alguma e sem tempo suficiente para acompanhar todo o processo nos deparamos de um dia para o outro com uma imensa camada de bolor sobre os grãos. Foi o fim. Aquilo foi um golpe, pois apesar de não termos muito tempo para acompanhar nós aproveitávamos o tempo que tínhamos para cuidar daqueles monte de grãos como a um filho. Decidimos deixar aquela idéia de lado por um tempo, até que encontrássemos uma outra receita ou descobríssemos onde tínhamos errado.
Um dia, num bar qualquer, na companhia de alguns amigos e seus amigos me deparei com um rapaz do interior. cujo nome e cidade infelizmente não me recordo, que após uma curta troca de idéias me contou que fabricava cerveja em sua cidade e até vendia uma boa parte de sua produção. Meus olhos brilharam! Cara, ele conseguiu! Desatei a contar a minha experiência fracassada para ver se aquele feliz caipira tinha a solução para meu problema. E ele tinha. A mais óbvia e simples: Comprar o malte pronto. #@$#@#%
Segundo ele, ninguém mais tenta produzir malte. É muito simples de comprar, poupa um enorme trabalho e diminui muito a chance de se frustrar. Numa rápida busca na internet comprovei a que o cara tinha dito, era fácil encontrar malte de cevada, e o pior... o preço era praticamente o mesmo da cevada.
Lembrei-me daquele velho livro e voltei pra casa disposto a acabar de vez com aquelas folhas amareladas. Não o fiz. Não consegui encontrá-lo. Acho que meu irmão já tinha dado um par de bicas naquela fábrica de traças. Tudo bem, eu estava muito feliz com a descoberta do malte pronto mas mesmo assim não obtive o estímulo necessário para uma nova tentativa. Já não sabia onde estavam todas as peças do equipamento que tínhamos comprado e meu irmão, já com menos tempo disponível, também não via como fazer tal tentativa naquele momento.
Idéia guardada novamente.

Um comentário:

  1. É isso aí Tadeu!

    Não preciso nem dizer que eu torço muito para que suas experiências dêem certo né!? heheh...

    Boa sorte e estamos aí para o que der e vier...

    Abração!

    Gas

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